Shanti

13 de novembro de 2009

provas

Quando tropeçamos... e caímos de joelhos. 
Quando eles nos mostram que somos apenas partículas... 
De algo grande sim... mas apenas partículas. 
Quando nos consciencializamos do quanto somos iguais aos olhos do Universo. 
Que mesmo que o lance de escadas seja diferente ou mais alto... Mesmo que a nossa jornada seja de alma antiga... Mesmo que a "nossa" luz seja mais expandida... 
Maior a queda, mais grave o sofrimento, Mais densa a escuridão. 
Quando paramos de pensar ou sentir... E simplesmente deixamos que o nosso Ser seja. 
Tudo é simples, mas não isento de dificuldade. 
Tudo é nada, mas não vazio. 
Tudo faz sentido… mas requer força, espírito, dedicação… serenidade. 
Tudo está certo… mesmo que errado. 
Por tudo se deve ser grato, mesmo que a nossa mente diga ao coração que não é justo. Porque tudo se compõe, se completa. Aquele tudo… que é nada. 
 E tudo fica bem. Tudo fica melhor. Tudo evolui.

11 de novembro de 2009

osho


Hoje deparei-me com estas palavras... não podia deixar de as colocar aqui.

Namastê

"Todo o amor do mundo pode ser dado a você, mas, se você decidir ser infeliz, permanecerá infeliz. 

E você pode ser feliz, imensamente feliz, por absolutamente nenhuma razão - porque a felicidade e a infelicidade são decisões suas. 

Leva muito tempo para perceber que a felicidade e a infelicidade dependem de você, porque é muito confortável para o ego achar que os outros estão fazendo você infeliz. 

O ego insiste em dar condições impossíveis, e ele diz que primeiro essas condições precisam ser satisfeitas e somente então você poderá ser feliz. 

Ele pergunta como você pode ser feliz em um mundo tão feio, com pessoas tão feias, em uma situação tão feia. Se você observar correctamente, rirá de si mesmo. É ridículo, simplesmente ridículo. O que você está fazendo é absurdo. Ninguém está nos forçando a fazer isso, mas insistimos em fazê-lo - e gritamos por socorro. 

E você pode simplesmente sair disso; trata-se de seu próprio jogo - ficar infeliz e depois pedir simpatia e amor. 

Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direcção... não há necessidade de pedi-lo. 

Essa é uma das leis básicas. 

Exactamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direcção à felicidade”.

27 de outubro de 2009

a minha escuridão

Enquanto divagava por outras escritas, outras imagens...
fiz uma pequena pausa em mim... naquela procura de todos os dias.
Aquela busca incansável, abundante em regozijo... mas também plena de pequenos vazios, pequenas tristezas.
A procura de um "lugar iluminado"... de um canto de luz que nos consola e nos acarinha depois de uma longa jornada de lutas interiores, de batalhas de se ser, de não se ser, de se ter, de não se ter.
Aquela Luz, aquele brilho que nos aquece a alma como o sol num dia de Inverno.
E por momentos... senti vontade de me aninhar no escuro. Senti saudades do nada, de não esperar nada, não ver nada.
E pensei que nenhum lugar seria mais seguro naquele momento do que a minha própria escuridão. Senti que… se não tiver medo, posso ali ficar.
E se não tenho medo, não invoco a luz, não a peço nas minhas conversas com os deuses. Não peço o amanhecer, não peço o luar, não peço a lanterna de me achar perdida.
Sinto apenas, o consolo da mãe terra, o alento do pai céu... Sinto-os em fusão…
E cheios de Amor, estendem-me a mão. Ali mesmo… naquela escuridão. Posso chamar-lhe luz se quiser… mas não tenho medo. Pelo menos hoje…

23 de outubro de 2009

Osho

Um homem foi até Lin Chin e disse: “Meu mestre é um grande médium. O que você tem a dizer sobre o seu mestre? O que ele pode fazer, que milagres faz?”

Lin Chin perguntou: “Que tipo de milagres seu mestre tem feito?”

O discípulo disse: “No outro dia ele me disse para atravessar o rio e ficar na outra margem, segurando um pedaço de papel na mão. O rio era muito largo, quase dois quilómetros. Ele estava do outro lado do rio e começou a escrever com uma pena, e sua escrita apareceu em meu papel. Eu mesmo presenciei isso, sou testemunha! O que seu mestre é capaz de fazer?”

Lin Chin disse: "Quando está com fome, come, e quando tem sono, dorme.”

O outro falou: “Do que você está falando? Chama isso de milagres? Todos fazem essas coisas!”

Lin Chin respondeu: “Engano seu: ninguém faz isso. Quando você dorme, faz mil e uma coisas. Ao comer, pensa em mil e uma coisas. Mas, quando meu mestre dorme, ele apenas dorme: não fica se mexendo, não se vira, sequer sonha. Apenas o sono existe naquele momento, nada mais. E quando sente fome, ele come. Ele sempre está exactamente no lugar onde ele está.”

Qual o sentido de escrever de uma margem do rio para a outra? Isso é pura tolice. Apenas os idiotas se interessariam por isso. Qual o sentido?

Um homem disse a Ramakrishna que seu mestre era um grande homem, pois podia caminhar sobre a água.

Ramakrishna respondeu que isso era idiota, pois ele podia ir até o barqueiro e, em troca de algumas moedas, o barqueiro o levaria até o outro lado. “Seu mestre é um tolo. Vá e faça-o perceber que ele não deve ficar desperdiçando sua vida com coisas tão simples.”

Mas a mente está sempre desejando algo. A mente não é nada além disso; um desejo constante de que alguma coisa aconteça.

Algumas vezes está pensando em dinheiro, em ter mais dinheiro, em ter casas maiores, mais respeito, mais poder político. Então você se volta para a espiritualidade, mas a mente continua a mesma. Agora deseja ter mais poderes psíquicos, telepatia, clarividência e outras tolices do mesmo género. Mas a mente permanece a mesma, querendo mais, sempre mais. Continua no mesmo jogo.

Agora é telepatia, clarividência, poderes psíquicos: “Se você pode fazer isso, eu posso fazer mais que isso. Posso ler o pensamento das pessoas a quilómetros de distância.”

A vida em si já é um milagre, mas o ego não está pronto para aceitar isso. Ele quer algo especial, algo que ninguém mais esteja fazendo, algo extraordinário.

(Om Shanti Ramaji... vou voar e escutar a música. Beijinho)

15 de outubro de 2009

Preciso de folhas no meu trilho Caminhar entregue sobre mantos de Outono, sem querer saber para onde... e ouvir-me. Preciso de vento na minha dança, Olhá-lo com carinho quando se cruzar no meu rosto, ou dar-lhe a mão quando seguir no meu caminho.
Quero acalmar o que por mim passa, quero não ter pressa e deleitar-me na música da folhagem, quero dormir no bosque dos medos, sonhar com duendes e segredos. Preciso não querer ser mais nada, apenas aquilo que já sou. Preciso fechar os olhos e escrever em minh'alma. Palavras de Amor, versos de apenas som. Despir-me de algo e adormecer...

3 de outubro de 2009

O TESOURO DO GNOMO

O que é que estas a fazer? – perguntou o jardineiro a um gnomo que se encontrava a cavar ao lado de um grande cogumelo. _ Ando à procura de um tesouro – respondeu-lhe, sem parar de cavar. _ Não me parece que vás encontrar um tesouro aí – disse-lhe. – Nesta comarca nunca houve grandes riquezas. _ Não! Não ando à procura de riquezas! – exclamou o pequeno ser. – estou à procura do meu próprio tesouro. O jardineiro inclinou a cabeça de lado, como fazem os cães quando ouvem algo estranho. _ E acreditas que o teu tesouro está aí? _ Tanto faz se está ou não – respondeu-lhe o teimoso gnomo. _ Então, porque é que procuras um tesouro? O gnomo interrompeu o trabalho, voltou-se para o jardineiro com os braços na cintura, e dando mostras de estar a perder a paciência, disse-lhe: _ Para que é que tu achas que se pode procurar um tesouro? – E sem esperar pela resposta, exclamou: para me sentir vivo! E continuou a cavar, enquanto o jardineiro, um tanto embaraçado, optava por desaparecer em silêncio. O Jardineiro Contos para Curar a Alma de Grian Além de me sentar à beira de um lago... por vezes tenho que procurar um tesouro...

29 de setembro de 2009

ser pleno em ser nada

decidi tb eu sentar-me à beira de um lago e esperar... distraí-me com borboletas, cantei-lhes como se fossem fadas e adormeci no meu vazio. e em sonhos, deixei de ser algo para ser nada... e tornei-me o lago. e vi-me, tão repleta de imensas coisas. se lago sou... direi àquela alma que dorme na minha beira, que mergulhe em mim, visão irreal, do reflexo dos céus onde tudo é terra. e em lago... murmuro às fadas como se fossem borboletas... e adormeço no meu vazio... e céu sou.

19 de setembro de 2009

Buda e a mente de Ananda




 Um dia, Buda ia passando por uma floresta, era um dia quente de verão e ele estava sentindo muita sede. Disse então a Ananda, seu principal discípulo: - Ananda, volta para trás. Nós passamos por um pequeno riacho apenas cinco ou seis quilômetros. Traz-me um pouco de água - leva a minha tigela. Estou sentindo-me cansado e com muita sede. Ele já estava velho. Ananda voltou para trás, mas quando lá chegou, tinham acabado de passar alguns carros de bois pelo riacho, enchendo-o de lama. As folhas secas, que tinham assentado no fundo, estavam agora boiando na superfície; já não era possível beber esta água - estava demasiada suja. Regressou de mãos vazias e explicou: - Mestre, vai ter que esperar um pouco. Eu vou à frente. Disseram-me que uns três ou quatro quilômetros mais à frente há um grande rio. Vou lá buscar a água. Mas Buda insistiu e pediu: - Volta para trás e traz a água daquele riacho. Ananda não conseguia perceber a insistência, mas, se o mestre dizia, o discípulo tinha que obedecer. Mesmo vendo o absurdo daquilo - tinha que voltar outra vez a andar cinco ou seis quilômetros, sabendo que a água não prestava para beber -, ele foi. E quando já ia se afastando, Buda disse-lhe: - E não voltes para trás se a água ainda estiver suja, tu senta-te simplesmente quieto na margem. Não faças nada, não entres no riacho. Senta-te quieto na margem e observas. Mais cedo ou mais tarde a água vai ficar limpa outra vez e então podes encher a tigela e regressar. Ananda lá foi. Buda tinha razão: a água estava quase limpa, as folhas tinham-se ido embora, a poeira tinha assentado. Mas ainda não estava absolutamente limpa, por isso ele sentou-se na margem e ficou observando o riacho a correr, pouco e pouco, o riacho tornou-se cristalino. Então Ananda regressou a dançar. Ele tinha compreendido porque é que Buda estava insistindo tanto. Havia nisto uma determinada mensagem, e ele tinha compreendido a mensagem. Deu a água a Buda, agradeceu-lhe e tocou-lhe nos pés. Buda perguntou: - O que é que estás a fazer? Eu é que te devo agradecer por me teres trazido a água. - Agora consigo compreender - disse Ananda. - Primeiro, eu fiquei zangado; não demonstrei, mas estava zangado porque era absurdo voltar para trás. Mas agora entendo a mensagem. Era disto que eu precisava realmente neste momento. O mesmo acontece com a minha mente - ao sentar-me na margem daquele riacho, fiquei ciente de que o mesmo se passa com a minha mente. Se eu saltar para dentro do riacho, vou deixá-lo sujo outra vez. Se eu saltar para dentro da minha mente, cria-se barulho, mais problemas começam a vir de cima, para a superfície. Ao sentar-me na margem, eu aprendi a técnica. Agora vou sentar-me também ao lado da minha mente, a vê-la com toda a sujidade e problemas e folhas velhas e mágoas e feridas, memórias, desejos. Se me preocupar, vou ficar sentado na margem à espera do momento em que tudo fique limpo." Um beijinho Ramaji, obrigada. Namastê

10 de setembro de 2009

vazio

por vezes é preciso sustentar o vazio
e vivê-lo...
e quando sentimos o seu peso,
percebemos que não estava tão vazio assim.
por vezes chamamos vazio à dor,
quando nao queremos sussurrar seu nome.
e nas derradeiras tomadas de consciência...
acabamos por desejar a verdadeira ausência,
e sonhar com um vazio cheio de Amor.

1 de setembro de 2009

Iniciações

Namasté! Parece que o "Universo" escolheu o dia 11 de Setembro. ;.) Mais uma iniciação de Reiki Essencial Nivel I. Encham-se de Amor, banhem-se de luz! Simplifiquem... Beijinho. Ah... e nivel II... se eles assim quiserem... para o final de Setembro. Om Shanti...

28 de agosto de 2009

jeitos de pensar

Temos muito tempo... Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num golpe súbito de tesoura, quase sempre sem aviso. Três semanas, três anos, trinta anos... O tempo é apenas tempo. É água que escorre entre os dedos das mãos. A verdade é que não temos muito tempo. Enquanto cometemos a tolice de ir vivendo como se fôssemos viver... sempre, a nossa vida está às escuras, à espera de um acto de coragem que lhe dê cor e sentido. 
(Paulo Geraldo)

25 de agosto de 2009

como poderia deixar de amar? se meu caminho é feito de Amor. se desperta o melhor que há em mim... como poderia não ter saudade? se só assim me sinto menos só. que as melodias de quem ama, se espalhem como o vento... em valsa de momentos, em pautas de desalento. que o silêncio de quem ama, seja como a chuva, meiga e quieta... que nos lava a alma... triste e sedenta... como poderia deixar de sonhar? de acreditar...

18 de agosto de 2009


Caminhei, de pés descalços, de alma entregue. De olhos fechados, respirei fundo todo o meu medo. De coração aberto, estendi-lhe a mão e ofereci-lhe o meu sorriso. O medo deu-me a mão e juntos, decidimos enfrentar o mundo. Quando tremeu, soprei-lhe folhas de alento. Quando recuou, cantei-lhe melodias de pandora. Quando chorou... sentei-me e chorei com ele. Levei as mãos ao peito... e no meio do meu sonho, o medo sussurrou-me: Porque choras comigo, porque não segues sem mim? - Para caminhar sem ti, preciso entender-te... para deixar de sentir-te, preciso transformar-te... porque és parte de mim, porque fui quem te criou. Para deixar de te ter, preciso não te temer. E se já não te temer... bem podes caminhar a meu lado. 
e quase que o medo... sorriu.

15 de agosto de 2009

Bem-aventurados

As nuvens da tempestade afastavam-se poderosas terras adentro, e o Sol voltava de novo ao seu trabalho por entre os resquícios das suas massas escuras. 
Um raio de Sol iluminou subitamente a ribanceira do trilho por onde o jardineiro caminhava, aspirando o aroma da terra húmida, e viu entre as ervas a figura de um pequeno caracol que se arrastava, lentamente, entre elas. 
O jardineiro deteve-se e deixou-se ficar a contemplá-lo um bom bocado, dizendo no final: _ Bem-aventurados os lentos, porque não se perdem no mais ínfimo pormenor da vida. 
 "O jardineiro - contos para curar a alma" de Grian

12 de agosto de 2009

Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como é que ele deveria ser sempre. 
Anton Tchekhov

9 de agosto de 2009

7 de agosto de 2009

Homeopatia

É realmente um privilégio, conhecer-te e ter-te como amigo e médico das minhas filhas. 
E que bom que seria que todas as mães deste mundo tivéssem um "porto de abrigo" sempre que o sofrimento espreita com uma febre, uma tosse, um choro, uma infecção, uma lágrima nas nossas crianças. 
Obrigada pelas minhas meninas Nuno Oliveira, muita luz para ti. 
Bj

6 de agosto de 2009

segue

segue as pisadas do teu desejo, do teu alento, da tua vontade. 
segue onde as folhas rodopiam, pelo chão de vidas, com Outonos de mudança... sopros de esperança. 
segue ao alcance daquela luz, que sentes ser para ti, que julgas poder iluminar-te. 
ergue o rosto ao sabor do vento, inclina a tua alma e venera o tempo, aos teus deuses, à tua razão, à tua decisão. segue... caminha altivo e forte, enfrenta as rajadas da ignorância e muda um pouco este mundo. 
segue... cura os medos, sara as feridas. enche corações, devolve sorrisos. cultiva a humildade e os teus amigos. e algures, numa margem de um rio que corre lentamente para um mar. 
alguém sussurra por uma primavera. no silêncio, na sombra, na espera. segue, e aprende… 
Que a coragem não reside apenas Em ir por ali… aprende um dia a dizer não… não somente aos que o aceitam em silêncio, mas também aos que realmente precisam de o ouvir. 
 segue. 
e sê feliz por tê-lo feito.

2 de agosto de 2009


Um dia ir-me-ei embora e serei livre e deixarei aos estéreis a sua estéril segurança. 
Partirei sem endereço previsto e atravessarei algumas regiões áridas para aí deixar o mundo. 
Depois vaguearei, livre de preocupações como um atlas desempregado. 
James Kavanaugh

31 de julho de 2009


"Depois de algum tempo aprendes a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo." 
 William Shakespeare

29 de julho de 2009

"Dois caminhos divergiam num bosque, e eu... escolhi aquele menos percorrido... Aquele que fez toda a diferença." 
Robert Frost

28 de julho de 2009

O silêncio...

Ninguém sabia o que tinha acontecido ao jardineiro. Durante uma semana ninguém o viu abrir os lábios, e quando os seus amigos lhe perguntaram a razão do seu mutismo, sorria-lhes simplesmente e encolhia os ombros com um gesto resignado. Na aldeia, uns diziam que estava afónico, outros que Deus o tinha emudecido para que não continuasse a espalhar o mal com as suas palavras, e outros diziam que estava louco e que devia ser mais um dos seus disparates. Ao fim de dez dias voltou a falar e, quando um amigo lhe perguntou o motivo daquele prolongado silêncio, disse-lhe: _ Nos últimos meses os meus lábios disseram demasiadas palavras a uns e outros, e é então que se corre o perigo das palavras se esvaziarem de sabedoria, como as conchas da praia que, embora possam ser belas, não têm alma nem vida. Foi por este motivo que a minha boca esteve fechada, a repousar no silêncio do Espírito; porque é do silêncio que surge a palavra que nutre e alimenta. 
 "O Jardineiro - contos para curar a alma" de Grian


"Temer o Amor é temer a vida. E os que temem a vida já estão meio mortos." 
 Bertrand Russel 


 e começamos a morrer tão cedo... quando abdicamos do Amor por medo.

25 de julho de 2009

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. 
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. 
Faço paisagens com o que sinto. 
Fernando Pessoa

26 de junho de 2009

quero a calma de um rio, o silêncio de um amanhecer,
a sombra das árvores bebendo o meu caminho...
quero não ter sede, não ter fome,
não sentir o toque de ninguem a não ser da luz, do vento, da chuva.
quero ouvir o meu coração bater,
a minha alma dançar,
apenas ao som do anjo que me embalar.

22 de junho de 2009

Reiki Essencial

Para quem ainda não sabe, para além das Terapias, a partir de Julho vou começar as Iniciações de Reiki. Sinto que talvez tenha chegado a altura de passar aos outros o que me foi ensinado.
E nesta caminhada, vou dar de mim tudo o que sempre dou... incondicionalmente.
De mim para todos os que me rodeiam, todo o Amor deste e de outros Mundos.
Ventos de Fadas e Ondinas, Duendes brincalhões e Devas meninas!
Abraço Reikiano!
Namasté.

8 de junho de 2009

Inércia minha...
espelho da minha entrega.
Vou antes contemplar o silêncio do Norte e esperar.
Vou guardar o que vivi, o que o Vento me nega.
e deixar de olhar-te... reflexo inútil de mim.
asa quebrada de ventos de nortada...
com um tolo e derradeiro fim.

5 de junho de 2009

"Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz enrugar a alma." 
(Albert Schweitzer)

3 de junho de 2009

Sorri quando a dor te torturar 

E a saudade atormentar 

Os teus dias tristonhos vazios 

 Sorri quando tudo terminar 

Quando nada mais restar 

Do teu sonho encantador 

 Sorri quando o sol perder a luz 

E sentires uma cruz 

Nos teus ombros cansados doridos 

 Sorri vai mentindo a sua dor 

E ao notar que tu sorris Todo mundo irá supor 

Que és feliz

Charles Chaplin

22 de maio de 2009


Hoje ao dizer os principios de reiki... segredei ao silêncio:
Só por hoje sou grata por ter conhecido a Zulinha.
;.)

Hoje, todos os duendes, todas as fadinhas, todas as ondinas,todos os lirios do meu mar, iluminam o meu coração. E iluminam todos os que têm o privilégio de ter como manas coisas taralhocas iluminadas e bonitas como tu. Obrigada por entrares no meu mundo, por me abrires a porta do teu e por me fazeres sentir que por vezes partilhamos o mesmo mundo, aquele de fantasia, de nuvens, de silêncios na marginal, de operação salvamento das velhotas kiduxas! Hoje sou mesmo grata Sandra, como deveria ser todos os dias...
Obrigada tambem pela tua coragem, pelas tuas loucuras, por me fazeres acreditar que um dia tb vou ser louca, tambem vou ter coragem, e ser taralhoca... bem.. isso já sou... rsrsrsrsr
Obrigada pelo teu sorriso e por gostares de mim. Incondicionalmente.
Bjinhos violeta da Luzinha pinxuja.

16 de maio de 2009

Frio




em silêncio, em surdina,
em segredo, em melodia.
no meu peito, em minh'alma
no meu sonho... de menina.

a certeza, o alento.
a razão, o tormento.
e sem saber nem porquê...
a sede de me ir...
a força de me encontrar...
içaram-me dos que pisam este chão,
e levaram-me.
levaram-me...
levaram-me.

em silêncio, em quietude,
em sussurro, em plenitude...
no meu rosto, na minha voz,
a sombra criou rugas,
a musica emudeceu-me a vontade,

a força de me encontrar,
a espera de me perder,
içaram-me dos braços da terra
e levaram-me,
levaram-me,
levaram-me.

em silêncio, em mim.

28 de abril de 2009

Viajar

viajar ...
pelo mundo fora dentro de mim mesma...
pisar a relva com os pés descalços,
sentir a terra com seus sussurros de gente
tocar as árvores de olhos fechados,
dançar a valsa da fada e do duende.

viajar...
pelo mundo fora, dentro de mim mesma.
descobrir o vento, enganar o tempo,
e sorrir-lhe...
e acenar-lhe com a certeza de todas as estações,
com a esperança do sol depois da chuva.

viajar...
e entregar-me à luz que me consola,
aos desenhos de uma criança,
aos beijos de quem não me cansa...

viajar...
pelo mundo fora...
e fugir de mim mesma.
só um pouco...


e esquecer quem sou.
dormir... só um pouco...
e sonhar quem serei.

sonhar... só um pouco...
e voar,
pelo mundo fora.
fechar os olhos...
só um pouco.
e acordar pronta para viajar.

15 de abril de 2009

Princesa Desalento

Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É magoada, e pálida, e sombria,
Como soluços trágicos do vento!

É fágil como o sonho dum momento;
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria:
Minh'alma é a Princesa Desalento...

Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!

O luar ouve minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta...


Florbela Espanca

11 de abril de 2009

"The Fountain"


Nas ultimas 24 horas vi este filme 2 vezes, sentei-me no limiar de cada cena e fui fiel espectadora...

fala-nos de Amor; da ténue linha que existe entre a Vida e a Morte; provoca-nos tomadas de consciência espirituais face à nossa "pequenez" e a tudo o que nos transcende; fala-nos do renascer das almas... e acredito que em cada um de nós deve despertar sentimentos diferentes. Enfim... parece-me que é mais um daqueles filmes que vou respirar cada vez que a minha alma ansiar... "mais um filme da minha mesa de cabeçeira" ;.)

igualmente sublime é sem dúvida a representação de Hugh Jackman.






26 de março de 2009

dos meus passos sentem-se o rastejar das almas,
cujo peso de se ser só, deixa na praia da saudade um rasto...
rasto de inércia, pesado e fundo.
eco de um vazio, incoerente, difuso.

por vezes...
estou tão pouco iluminada, que tenho que erguer o rosto para Os sentir...
fechar os olhos para Os ver.
e cerrar os punhos e aos poucos morrer... para Os entender.

dos meus passos, restam apenas pegadas.
em areias que as ondas do meu destino apagam.
céus... tempo este que não passa...

20 de março de 2009

o vento arrastou as folhas da idade, com efémeros sussurros... 
o tempo, passou... e dissecou os meus dias como cadáveres. 
mas ainda não estou naquele lance de escadas. 
ainda doi... quero esquecer o mundo lá fora. 
quero ensurdecer, emudecer, cegar... 
e apenas sentir de mãos estendidas aos céus o que o universo me segredar.

13 de março de 2009

Dever de Sonhar

Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.

Fernando Pessoa

22 de fevereiro de 2009


as pequenas decisões que não mudam o mundo, mas que alteram as cores do meu universo.
os pequenos detalhes que não pesam na opinião de ninguém, mas prendem-me as asas como correntes.
os pequenos momentos de que ninguem precisa, mas que eu respiro como o ar que me rodeia.

pequenos passos, pequenos problemas, pequena eu.
mas que me fizeram decidir e dizer em voz alta, de rosto inerte, de alma triste mas sedenta do meu trilho...
que Eles me ajudem tanto quanto me usam.

e chega de esquecer a minha diferença quando criança, as minhas fadas, as minhas músicas, os meus amiguinhos luzentes, as minhas sombras, as minhas vozes...as minhas mãos...
chega de fingir que nao estavam lá...
quero continuar a sorrir e adormecer com o meu mundo mágico, pois fazem de mim o que sou.
E o que sou?
Não sei...
Mas não posso ser assim tão pequena...
Acho que... não o mereço.
Qua a saga continue, com ventos de deuses e mares de ondinas.
Que o meu Amor se Guarde em mim, para um dia seguir comigo aquele trilho.
Om Shanti...

12 de fevereiro de 2009

osho


“Será que estou no caminho certo?”

As indicações de que você está no caminho certo são muito simples:

Suas tensões começam a desaparecer.
Você fica mais e mais senhor de si. Mais e mais calmo.
Encontrará beleza em coisas que jamais concebeu pudessem ser belas.
As menores coisas começarão a ter imenso significado.
O mundo inteiro se tornará mais e mais misterioso a cada dia.
Você se tornará menos e menos culto e mais e mais inocente - como uma criança correndo atrás de borboletas, ou pegando conchas do mar numa praia.
Você sentirá a vida não como um problema, mas como uma dádiva, uma benção, uma graça.