Shanti

28 de agosto de 2009

jeitos de pensar

Temos muito tempo... Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num golpe súbito de tesoura, quase sempre sem aviso. Três semanas, três anos, trinta anos... O tempo é apenas tempo. É água que escorre entre os dedos das mãos. A verdade é que não temos muito tempo. Enquanto cometemos a tolice de ir vivendo como se fôssemos viver... sempre, a nossa vida está às escuras, à espera de um acto de coragem que lhe dê cor e sentido. 
(Paulo Geraldo)

25 de agosto de 2009

como poderia deixar de amar? se meu caminho é feito de Amor. se desperta o melhor que há em mim... como poderia não ter saudade? se só assim me sinto menos só. que as melodias de quem ama, se espalhem como o vento... em valsa de momentos, em pautas de desalento. que o silêncio de quem ama, seja como a chuva, meiga e quieta... que nos lava a alma... triste e sedenta... como poderia deixar de sonhar? de acreditar...

18 de agosto de 2009


Caminhei, de pés descalços, de alma entregue. De olhos fechados, respirei fundo todo o meu medo. De coração aberto, estendi-lhe a mão e ofereci-lhe o meu sorriso. O medo deu-me a mão e juntos, decidimos enfrentar o mundo. Quando tremeu, soprei-lhe folhas de alento. Quando recuou, cantei-lhe melodias de pandora. Quando chorou... sentei-me e chorei com ele. Levei as mãos ao peito... e no meio do meu sonho, o medo sussurrou-me: Porque choras comigo, porque não segues sem mim? - Para caminhar sem ti, preciso entender-te... para deixar de sentir-te, preciso transformar-te... porque és parte de mim, porque fui quem te criou. Para deixar de te ter, preciso não te temer. E se já não te temer... bem podes caminhar a meu lado. 
e quase que o medo... sorriu.

15 de agosto de 2009

Bem-aventurados

As nuvens da tempestade afastavam-se poderosas terras adentro, e o Sol voltava de novo ao seu trabalho por entre os resquícios das suas massas escuras. 
Um raio de Sol iluminou subitamente a ribanceira do trilho por onde o jardineiro caminhava, aspirando o aroma da terra húmida, e viu entre as ervas a figura de um pequeno caracol que se arrastava, lentamente, entre elas. 
O jardineiro deteve-se e deixou-se ficar a contemplá-lo um bom bocado, dizendo no final: _ Bem-aventurados os lentos, porque não se perdem no mais ínfimo pormenor da vida. 
 "O jardineiro - contos para curar a alma" de Grian

12 de agosto de 2009

Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como é que ele deveria ser sempre. 
Anton Tchekhov

9 de agosto de 2009

7 de agosto de 2009

Homeopatia

É realmente um privilégio, conhecer-te e ter-te como amigo e médico das minhas filhas. 
E que bom que seria que todas as mães deste mundo tivéssem um "porto de abrigo" sempre que o sofrimento espreita com uma febre, uma tosse, um choro, uma infecção, uma lágrima nas nossas crianças. 
Obrigada pelas minhas meninas Nuno Oliveira, muita luz para ti. 
Bj

6 de agosto de 2009

segue

segue as pisadas do teu desejo, do teu alento, da tua vontade. 
segue onde as folhas rodopiam, pelo chão de vidas, com Outonos de mudança... sopros de esperança. 
segue ao alcance daquela luz, que sentes ser para ti, que julgas poder iluminar-te. 
ergue o rosto ao sabor do vento, inclina a tua alma e venera o tempo, aos teus deuses, à tua razão, à tua decisão. segue... caminha altivo e forte, enfrenta as rajadas da ignorância e muda um pouco este mundo. 
segue... cura os medos, sara as feridas. enche corações, devolve sorrisos. cultiva a humildade e os teus amigos. e algures, numa margem de um rio que corre lentamente para um mar. 
alguém sussurra por uma primavera. no silêncio, na sombra, na espera. segue, e aprende… 
Que a coragem não reside apenas Em ir por ali… aprende um dia a dizer não… não somente aos que o aceitam em silêncio, mas também aos que realmente precisam de o ouvir. 
 segue. 
e sê feliz por tê-lo feito.

2 de agosto de 2009


Um dia ir-me-ei embora e serei livre e deixarei aos estéreis a sua estéril segurança. 
Partirei sem endereço previsto e atravessarei algumas regiões áridas para aí deixar o mundo. 
Depois vaguearei, livre de preocupações como um atlas desempregado. 
James Kavanaugh