Shanti

27 de novembro de 2010

dançamos

malabarismos da consciência... conscientes ou não. pé ante pé, degrau a degrau, um dia de cada vez. se sobe... a euforia despista o sentir, se desce... a voz emudece a alma. malabarismos de querer, curvas de perder, medos de ser. e nesta valsa, somos o que queremos... queremos o que não somos, amamos o que dançamos. e pedimos ao Universo um tango, que nos desapegue do sentimento mudo, quieto e ausente. e esperamos somente o calor... e deixamos de esperar o Amor. não ter frio... tem que ser suficiente.

13 de novembro de 2010

neblina


diferentes as formas de sentir, o lamento de perder, o gemido de doer. 
diferentes as madrugadas de solidão, o apego ao dizer que não, a vontade de querer. 
 a neblina que te invade, ou o sol que me magoa, a luz que te embarga, ou o negro que me assombra. 
o frio da tua ausência, ou o calor da minha presença. 
diferentes... presentes distantes, amantes. 
 no vexo paralisante que é em mim, sinto-te, gosto-te, mostro-te. a minh'alma, 
a meu ser. e enlaço o meu sorriso em cada amanhecer. 
para não nos ver sofrer. 
e danço-te quando a coragem tremer, de abraços e amores, de ternuras e de cores.

7 de novembro de 2010

cousas

Respira a tua dor…

Sente os soluços de entorpecimento da alma

E transforma.

Ergue um monumento de saberes e sentires,

E declina o teu jeito imperfeito em louvor a ti mesmo.

Respira o sentido de todas as cousas,

E Ama o sorriso e a dança.

E goza o silêncio da Contradança.

Respira o meu Ser,

O meu mar,

E sussurro-te o Amanhecer…

Sem pressas…

Bem devagar.

1 de novembro de 2010

em silêncio

Num deslize de alma em cetim,

De azul de toque, púrpura de mim…

Num respirar de senso em neblina,

Densa de porquês, lâmina fina.

Deixo passar.

Deixo de respirar.

Torno-me invisível para ti.

Finge que não me vês então,

Para que minh’alma se torne pequenina.

Finge que não sorris quando danço,

Para não me sentir rainha.

E na ausência, de sim…

Sou somente um talvez.