Não tenho sentido o chão. Não tenho sentido os sons. Reparado nas cores, nas danças, nos amores.
Não tenho esvoaçado com elfos e fadas, sussurrado com gnomos e duendes.
Amado demais como gosto...
sentido demais como sei,
Gargalhado em vez de rir... rido em vez de sorrir... sorrir em vez de ...
não existir.
Não tenho agradecido.
nem tão pouco prometido.
Em vez de inspirar... aspiro "pequenices" de acidez alheia.
Tenho perdido aos poucos... como migalhas de pão que se vão perdendo na gula de sobreviver...
tenho perdido dias, meses...
Mas vale-me a essência e o aroma que me é... daquilo que sou.
Vale-me que o meu mundo não desista de me ter... os meus Seres de me embalar, o meu Eu de Sonhar.
E lembro-me enfim...
que sou Eu mesmo depois de me perder.
Shanti
Shanti
19 de julho de 2016
24 de fevereiro de 2016
Shanti
Somos efémeros…
pequenos o suficiente para cabermos na imensidão de uma gota
de chuva num triste dia de Inverno. Pequenos o suficiente para sentirmos o frio
que vem da frecha de uma janela num quarto frio e isento de alma.
Pequenos… e leves o suficiente para nos deixarmos abalar
pelo vento frio ou pelas ondas de um calor intenso.
Somos pequenos… leves… sensiveis o suficiente para nos arrepiarmos
com a brisa do mar… com o grito das gaivotas famintas e nervosas adivinhando a
chuva...
com um sorriso, com um toque, um olhar.
com um sorriso, com um toque, um olhar.
Somos pequenos, leves, sensíveis e especiais o suficiente
para sentirmos em comunhão tudo o que a natureza sente no seu mais ínfimo
silêncio.
A musica do outono em orquestras de folhagem no chão, o
choro do Inverno aclamando em frio, o chilrear de pássaros em jeitos de serenata
à Primavera, o abafar da nossa voz em desafio para respirar o Verão rodopiante
em raios de esperança…
quentes e expectantes…
Somos tão simples então…
Basta-nos tão pouco então…
Sorrimos com os detalhes… que nos rodeiam e nos mimam.
Sentir, respirar, chorar, dançar, caminhar, criar, procriar, amar,
respeitar, ajudar, ensinar, receber, dar...
Tudo ao alcance de um gesto.
O estender de uma mão.
Em humildade e pureza de sentimentos.
Temos o poder de em simplicidade reinar.
E em densidade e inércia ruir.
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