finjo que são muralhas.
construídas por seres que antes de o ser já o eram,
esculpidas por momentos, que antes de um céu foram sombra.
finjo que são fotos,
tiradas por um Deus,
curioso e criança no brincar...
e no fim, que somos um livro com gravuras de sentires, olhares dores e amores.
finjo no fundo... que finjo.
a ser poeta ou não,
o que sei é que o sinto...
escreva ou não.
porque antes de o escrever já sentia.
antes de amar já amava,
antes de chorar já sorria,
antes de sorrir, já chorava.
e que majestosas muralhas... e que lindo este céu violeta com ventos de nortada a embalar o sonho.