na berma do amanhecer só.
Tento manter a destreza dos tolos,
imaginando que tenho nos pés raízes,
Que tenho nas mãos penas violeta,
um baú, de tesouros e magos.
De segredos e salmos.
Faço-me de momentos,
Refaço-me de tempos,
Desfaço-me de espera.
Respiro o que há em mim,
Perfume da chuva,
Aroma de Outono,
Hidrato-me de ventos e nortadas…
E envelheço na folhagem seca,
Sonhando-me sempre jovem na Primavera do desejo.
Sentindo.
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