quando tropeçamos...
e não caímos de joelhos...
mergulhamos no mar de ausência de palavras, de sussurros, de vento.
mergulhamos no silêncio outrora reconfortante
e sentimos a vida a passar por entre os dedos como areia que não se vê, só se sente.
Aquele esvair de sentido, aquela dor fininha da lâmina da vida, trespassa-nos e deixa-nos apenas a alma em dor.
Dói o corpo, dói a profundidade do toque, dói o olhar o chão como se um espelho fosse.
Apenas dói... apenas corrói.
Mas... reconstrói.
E no erguer para um novo esforço de respirar, buscamos o alento das árvores, da folhagem, dos sorrisos, das fadas, dos duendes, das cores, do som.
E buscamos o ouvir de novo, o sentir de novo, o olhar de novo.
e buscamos buscamos buscamos, mesmo na inércia.
E esperamos...
sorrir novamente, largar o peso das asas...
E voar.
De mãos dadas com o universo que parecia de costas viradas,
pedimos com a humildade de quem nada lhe pertence, de quem nada lhe é.
Que assim seja, assim seja , assim seja.
Com Amor, desesperança, fé.
Um dia de cada vez... só por hoje...