dos meus passos sentem-se o rastejar das almas,
cujo peso de se ser só, deixa na praia da saudade um rasto...
rasto de inércia, pesado e fundo.
eco de um vazio, incoerente, difuso.
por vezes...
estou tão pouco iluminada, que tenho que erguer o rosto para Os sentir...
fechar os olhos para Os ver.
e cerrar os punhos e aos poucos morrer... para Os entender.
dos meus passos, restam apenas pegadas.
em areias que as ondas do meu destino apagam.
céus... tempo este que não passa...
Shanti
26 de março de 2009
20 de março de 2009
o vento arrastou as folhas da idade, com efémeros sussurros...
o tempo, passou... e dissecou os meus dias como cadáveres.
mas ainda não estou naquele lance de escadas.
ainda doi...
quero esquecer o mundo lá fora.
quero ensurdecer, emudecer, cegar...
e apenas sentir de mãos estendidas aos céus
o que o universo me segredar.
13 de março de 2009
Dever de Sonhar
Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.
Fernando Pessoa
Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.
Fernando Pessoa
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