Shanti

29 de fevereiro de 2008


Encarar o inesperado como rotina
tarefa dos árduos
ambição de tolos
jogo de natos.
olhar de frente o que não se espera...
um abrir de olhos, um cerrar de mãos.
medo atroz, terror dos terrenos.

ou um respirar... curvar os sentidos e avançar a alma na densa floresta dos espíritos.
ou cair...
todo este encher de marés num segundo, num pestanejar, lacrimejar...
sinopse de luz, síncope de reflexos...
hemorragia de súplicas.

A Queda,
essa dói sempre.
A Dor... dilacera.
A Diferença... são as feridas:
umas saram , outras permanecem.
O Horizonte... esse... nunca mais é o mesmo.
O Som do Mundo, liga-se ao amplificador de almas...
Os gritos, os murmurios, os sentimentos, os pensamentos, o sorrir, o chorar, o lutar, desistir, resistir... é tudo som, tudo música
de uma Harpa fantasma
leitura de Pauta de Vidas.
28/02/08


14 de fevereiro de 2008

dissecation


sometimes i wonder if... if i take a glance on the blaze of your sorrow, if i cross over the valley of your shadow, will i discover your secrets?


will i find your way home? will i be able to actually help...


just sometimes, i wish i could be perfect for one secon, one lousy second... and wisper you the way.


(foto de Miguel Silva)

9 de fevereiro de 2008

silêncio


fecha os olhos e escuta-os...

sente-os...

declina a tua alma e rende-te aos que nada temem,

pois são eles que te guiam, são eles que decidem.

e que a saga da nossa vida continue!


para o meu amigo karmico...

que assim continue por muitas vidas.

8 de fevereiro de 2008

faltam-me as palavras... a vontade...
estou naquele meu estado de inércia, confusão espiritual, dor terrena.
a minha âncora por vezes parece a lua que carrego, como quem sustenta o mundo...
parece tão leve... mas a luz pesa eternidades
acho que entendo o porquê da minha âncora "incomodar" tanto o oceano,
ilumina uns, entristece outros.
lamento não conseguir o reflexo no rosto de todos os que amo.
custa-me aceitar que seja um preço justo a pagar...
custa-me ser este o meu alimento.
custa-me... mas entendo.
... cada vez mais...
e não, não quero morrer lentamente
só que... às vezes preferia ser apenas ar, espirito, pensamento...
é tortuosa a minha aterragem, desperta a minha inquietude a minha vontade de não querer descer.
mas ainda é tão cedo...